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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Américo Gomes, artista Guineense

                         Músico Guineense- Americo Gomes

Américo Gomes e o Bonga
Américo e o artista Angolano, Bonga

     


              Biografia


Américo Gomes começou a carreira musical nos anos 80, na Guiné Bissau. Em 1987 participou no festival organizado pela Rádio França Internacional, onde foi vencedor do prémio Revelação, tinha apenas 13 anos. 

A partir daí começou a gravar nos estúdios da Rádio Nacional da Guiné Bissau. Partiu para Portugal em 1990, onde teve a oportunidade de gravar o seu primeiro disco - Mundo Mein, pela editora Sons de África.

Três anos depois voltou a gravar. O seu segundo albúm - Parlamanto K, é editado antes de ir para a Alemanha estudar. Ao fim de 8 anos, regressa a Portugal e para música, altura em que grava o seu terceiro álbum - Nha Nomi, pela editora IEFE Discos. Continuou a trabalhar em Gestão de Empresas, até reunir condições para fundar a sua própria Editora - a A. Gomes Music Lda., iniciando assim o seu quarto álbum a solo - Ultra Deguedazz.






Capa do seu disco
O Mundo Mein
Os seus primeiros tempos no Mundo da Música

                                                                       

                                                            Alexandrinha de Carvalho


Alguns Recursos da Guiné-Bissau

Crianças a apnhar água no poço




                                                      

                                                     Recursos Subterrâneos


 A água apresenta-se hoje cada vez mais como uma riqueza de primeira importância. Deste ponto de vista, a Guiné-Bissau é um país rico em água com precipitações que rondam os 2000 mm ao ano. No entanto, a extrema concentração das chuvas em alguns meses do ano leva à falta de agua para a população durante pelo menos a metade do ano, em particular, no nordeste do país.

Assim, uma população esmagadoramente camponesa fica sem água, e, em consequência, sem trabalhar a terra durante mais de metade do ano, facto que reforça a necessidade de se aproveitar melhor a água das chuvas que correm pelos pequenos vales e lençóis subterrâneos existentes no subsolo de todo país, assegurando assim o abastecimento de água à população e às culturas irrigadas em períodos de seca. 

Se por um lado o controlo da água no país desenvolveu-se nas regiões de bolanhas, a realidade é que, há um enorme esforço a fazer em termos de extensão da rede de meteorologia, de multiplicação de forragens para que se conheça melhor os lençóis subterrâneos e o caudal dos rios.




                     A Cobertura Vegetal e os Recursos Florestais

 

Bissilão pau de poilão

A madeira que domina é o Bissilão pau de poilão. Ela representa a maior parte da madeira exportada e consumida no mercado local. Os principais recursos florestais estão situados ao sul e ao norte de Bafatá (única zona racionalmente explorada ), na faixa entre o rio Cacheu e a fronteira com o Senegal e nas regiões de Quinara e Tombali.

De acordo com os estudos realizados pelo Plano de Acção dos PMA, o stock de recursos florestais é considerável. A superfície coberta de florestas é de dois (2) milhões de hectares. Em 1995, as reservas em madeira eram estimadas em cerca de 48 milhões de m3 (Plano de Acção dos PMA,). Estima-se que o consumo anual esteja à volta de 1,2 milhões de m3 e a exportação em 50.000 toneladas. Contudo, o balanço efectuado em 1992, determinou que o consumo médio anual de madeira, incluindo as exportações, situava-se à volta de 2,1 milhões de m3, o que aponta para uma acentuada degradação dos recursos florestais ao ritmo de cerca de 625.000 m3 por ano.

A demanda crescente do carvão e a prática da queimada para recuperação das terras para o cultivo do arroz de pam-pam em terras altas, associada a deterioração dos solos alagadiços devido à falta das chuvas, contribuem negativamente para a degradação do património florestal e diminuição deste recurso. Associa-se a este factor negativo, a exploração e exportações clandestinas de madeira.

A economia florestal assume particular importância, fundamentalmente na manutenção do equilíbrio ecológico, no desenvolvimento das actividades agrícolas e no domínio da exportação, para o aumento das receitas do país. Com efeitos directos sobre vários sectores da vida económica, segurança alimentar e ambiental, o sector vem merecendo uma atenção particular por parte das autoridades governamentais e parlamentares.
 




                                                   Alexandrinha de Carvalho


Amílcar Cabral, "Expoente máximo da luta da Libertação da Guiné-Bissau



                             

 

                                Situação Geográfica da Guiné-Bissau

A República da Guiné-Bissau está situada na costa ocidental de África entre os paralelos 10º59´ e 12º20´ norte e os meridianos de 13º40´ a oeste. Limitada a leste e a sul pela Republica da Guiné, a oeste pelo Oceano Atlântico e a norte pela República do Senegal.

O território com uma superfície total de 36 125 Km2 é composto por duas partes, uma continental com uma área de 34.625 km2 e outra insular de 1500 km2, constituída pelo arquipélago dos Bijagós, que se estende à parte continental. A parte continental é profundamente penetrada por uma rede hidrográfica. A influência das marés faz-se sentir a uma distância de 100 km.

                             História da Guiné-Bissau


No século XIII, chegam a esta região da costa ocidental de África os povos naulu e landurna, na sequência do declínio do império do Ghana.
No século seguinte, esta zona passa a integrar o vasto império do Mali, vindo os primeiros navegadores portugueses a estabelecer contacto com o território em 1446/ 1447.
A Guiné-Bissau fazia, então, parte do império de Mali. Os portugueses não ficaram com o controlo do interior do país senão em 1915. Para deixarem o poder, obrigaram os guíneos a empreender a guerra de libertação mais prolongada de África. Embora os rebeldes do Partido Africano para a Libertação de Guiné e Cabo Verde tivessem declarado unilateralmente a independência em 1973, só em 1974 Portugal se resignou a abandonar o país.
Amílcar Cabral, líder dos independentistas, foi assassinado seis meses antes de alcançar a independência, tendo-o substituído o seu meio-irmão Luís Cabral, que se tornou no primeiro presidente do novo país.
Após as tentativas de união de Cabo Verde e Guiné-Bissau, Cabral foi destituído pelo primeiro-ministro, Bernardo Vieira, que assumiu o governo do país com determinação e independência. Em 1991, após muitos anos de governo de partido único, Vieira autorizou a criação de partidos de oposição. Em 1994 realizaram-se eleições presidenciais, ganhas por Vieira.
Em Setembro de 2003, teve lugar outro golpe militar. O presidente Yala foi então preso sob a alegação de ser incapaz de resolver problemas. Após terem sido adiadas por inúmeras vezes, as eleições legislativas aconteceram em Abril de 2004. Um motim em diversas facções das forças armadas em Outubro de 2004 resultou na morte do comandante-mor das forças da Guiné-Bissau, causando comoção por todo o país.
Em 2005 realizaram-se novas eleições presidenciais ganhas por João Bernardo “Nino” Vieira (o presidente deposto em 1998), ainda que envoltas em polémica.

Caldo de Chabéu

                                           Caldo de Chabéu

- Peixe/carne

- Chabéu (moamba+óleo de palma)

- Candja (kiabos) inteiros + bagique (folhas de usse) e jagatú (lussaca)

- Limões

- Suculbemba (kaombo) /piripiri

- Tomate maduro

- Cebola

- Alho

- Gandim ou Cundjurbedja, ou ainda, Escalada

- Camarão (muitos dispensam)

- Combé (género berbigão) ou mexilhão/amêijoa

- Sal

- Arroz

Caldo de Chabéu feito, dá "Águas na boca"




O prato – “Caldo de Chabéu” – deve preparar-se dias antes, com todos os indispensáveis condimentos: um bocado de limão, suculbemba ou piripiri, tomate maduro, cebola, alho, camarão ou em alternativa gandim/cundjurbedja, amêijoa, combé e sal. No dia seguinte, coze-se em lume não muito brando, já com os kiabos em peixe ou carne se for essa a opção. Seguidamente, junta-se a moamba (parte suculenta a que os guineenses chamam de tcheben e óleo de palma que se tem durante a cozedura. Depois de termos a certeza que tudo está pronto e o arroz já feito noutra panela com o resto do molho de chabéu, então estamos em condições de podermos servi-lo com graça e carinho aos demais apreciadores.


                                                   


                                                        Alexandrinha de Carvalho


Fotos de Musico Guineense Abú

Abu “CARTÃO DE VISITA” DA GUINÉ-BISSAU" - ABÚ CANTA E ENCANTA BISSAU COM ÁLBUM “MAIS UM CHANCE”

Capa do seu Album " Mas um Chance"
Novo Talento da Guiné-Bissau, que está a gerar "febre de sucesso"
                            









Jovem, Lindo, Bwé Talentoso e inteleigente.
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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Contáctos





Este blog foi criado no âmbito da disciplina de Atelier do Jornalismo Digital, da Universidade de Cabo-Verde.
O objectivo é, publicar os conteúdos trabalhados na sala de aula, mas também, podemos colocar coisas do nosso interesse. E, é neste sentido que  abri este espaço para a cultura Guineense.



              







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Alexandrinha de Carvalho

Sigá


Hoje no nosso blog vamos dar a conhecer as artes da  culinária Guineense,  vamos destacar o memorável prato típico:


 SIGÁ COM CANDJA CORTADO (KIABOS LAMINADOS/CORTADOS)


- Óleo de palma
- Candja (kiabos) laminados/cortados
- Limões
- Suculbemba (kaombo) /piripiri
- Tomate maduro
- Cebola
- Alho
- Gandim
- Cundjurbedja
- Escalada/casseque (peixe seco)
- Camarão
- Combé (género berbigão) ou mexilhão/amêijoa
- Sal
- Arroz

Tempera-se o peixe ou a carne com limões, cebola, alho, suculbemba ou piripiri, tomate maduro e sal, um dia antes da confecção. Ou seja, só pode ser confeccionado no dia seguinte, em lume brando e em panela/caçarola (ou meios mais sofisticados).
Põe-se o gandim, cundjurbedja ou combê/mexilhão/amêijoa a ferver longamente no próprio dia da confecção do peixe ou carne, mas numa panela/caçarola à parte, também em lume mais ou menos brando. Depois de termos a certeza que ambos estão cozidos, juntamos seguidamente numa única panela/caçarola grandetodos osingredientes. É nessa altura que introduzimos a candja (os kiabos laminados ou  cortados), camarão (de cozedura rápida), óleo de palma, e outros ingredientes sempre dependentes de quem confecciona, isto é, dependentes da sua experiência e imaginação.
Seguidamente podemos acertar tudo quanto ferve: sal, limão, piripiri, mais alho ou mais cebola, etc. Doutra parte prepara-se arroz noutra panela que também depende do número de pessoas. O arroz de preferência fica nem muito solto, rijo ou mole.
O apuramento e ordem para desligar o fogão e servir este maravilhoso prato, faz-se pelo cheiro, pela forma como se produz a evaporação e pela observação do fundo da panela/caçarola.