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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Alguns Recursos da Guiné-Bissau

Crianças a apnhar água no poço




                                                      

                                                     Recursos Subterrâneos


 A água apresenta-se hoje cada vez mais como uma riqueza de primeira importância. Deste ponto de vista, a Guiné-Bissau é um país rico em água com precipitações que rondam os 2000 mm ao ano. No entanto, a extrema concentração das chuvas em alguns meses do ano leva à falta de agua para a população durante pelo menos a metade do ano, em particular, no nordeste do país.

Assim, uma população esmagadoramente camponesa fica sem água, e, em consequência, sem trabalhar a terra durante mais de metade do ano, facto que reforça a necessidade de se aproveitar melhor a água das chuvas que correm pelos pequenos vales e lençóis subterrâneos existentes no subsolo de todo país, assegurando assim o abastecimento de água à população e às culturas irrigadas em períodos de seca. 

Se por um lado o controlo da água no país desenvolveu-se nas regiões de bolanhas, a realidade é que, há um enorme esforço a fazer em termos de extensão da rede de meteorologia, de multiplicação de forragens para que se conheça melhor os lençóis subterrâneos e o caudal dos rios.




                     A Cobertura Vegetal e os Recursos Florestais

 

Bissilão pau de poilão

A madeira que domina é o Bissilão pau de poilão. Ela representa a maior parte da madeira exportada e consumida no mercado local. Os principais recursos florestais estão situados ao sul e ao norte de Bafatá (única zona racionalmente explorada ), na faixa entre o rio Cacheu e a fronteira com o Senegal e nas regiões de Quinara e Tombali.

De acordo com os estudos realizados pelo Plano de Acção dos PMA, o stock de recursos florestais é considerável. A superfície coberta de florestas é de dois (2) milhões de hectares. Em 1995, as reservas em madeira eram estimadas em cerca de 48 milhões de m3 (Plano de Acção dos PMA,). Estima-se que o consumo anual esteja à volta de 1,2 milhões de m3 e a exportação em 50.000 toneladas. Contudo, o balanço efectuado em 1992, determinou que o consumo médio anual de madeira, incluindo as exportações, situava-se à volta de 2,1 milhões de m3, o que aponta para uma acentuada degradação dos recursos florestais ao ritmo de cerca de 625.000 m3 por ano.

A demanda crescente do carvão e a prática da queimada para recuperação das terras para o cultivo do arroz de pam-pam em terras altas, associada a deterioração dos solos alagadiços devido à falta das chuvas, contribuem negativamente para a degradação do património florestal e diminuição deste recurso. Associa-se a este factor negativo, a exploração e exportações clandestinas de madeira.

A economia florestal assume particular importância, fundamentalmente na manutenção do equilíbrio ecológico, no desenvolvimento das actividades agrícolas e no domínio da exportação, para o aumento das receitas do país. Com efeitos directos sobre vários sectores da vida económica, segurança alimentar e ambiental, o sector vem merecendo uma atenção particular por parte das autoridades governamentais e parlamentares.
 




                                                   Alexandrinha de Carvalho


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